quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Poesia

Ao compreender o teu Amor
E que por mim tudo criou
E que por mim teu filho sofreu
A dor da cruz; lá ele morreu
Mas não morreu apenas, ressuscitou
Ele vive em mim, e desde então, Vivo Estou!!!

É isso que é amor, ser capaz de sonhar, planejar, criar uma pessoa; dar-lhe não apenas a existência, mas a eterna vida!

Nós não merecíamos, ele já tinha feito tanto! 
É, nós, e eu errei, machuquei o coração do pai! 

Mas ele é Amor, é impossível viver sem Ele; e deu-nos Vida!

Cristo morreu só para que eu eternamente vivesse.
Não consigo explicar o que ele fez, mas a todos vou falar, pois uma coisa eu sei: 
Eu era cego e agora vejo, eu era morto e agora vivo, eu até andava, mas agora posso voar!!!
Parece loucura, mas na verdade É! Afinal:
Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
Por isso vou falar, vou louvar, vou cantar, vou amar, e a Deus, minha Vida entregar!!!



 

Textos antigos!

 Achei esses textos no meu caderninho!!!

Deus, minhas palavras podem ser simples, nem sequer pensei em melodia, não penso em rima, não penso em nada...
Se não em te escrever o quanto és Santo, Fantástico, Perfeito, o quanto és maravilhoso, e o quanto eu preciso de ti ao meu lado todo dia, a cada momento, a cada segundo. Pode não haver poesia, mas há palavras sinceras de alguém que te ama desesperadamente, e quer cantar, falar ao mundo, a maravilha de ser tocado, modelado e transformado por teu maravilhoso amor. Tu és tudo que eu preciso, foi tu quem me criaste; é loucura olhar os céus, os desenhos das nuvens, e não ver neles teu cuidado e teu amor. É loucura olhar para perfeição da natureza, a inter-relação dos animais que nela te adoram, sem perceber que tu és o Deus de Amor. Meu corpo complicado, meus pensamentos complexos, a minha consciência e meus relacionamentos... Como ver tamanha complexidade sem ver nelas a inteligência criadora do Deus de Amor!?
Deus, por isso tudo e muito mais, pelo que tu és, eu te AMO e te Adoro!
 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A fábula dos bichos – O Amor que revoluciona

Contexto:

A fábula que se segue fora escrita com a intenção de ser uma revisão, quem sabe um complemento, da estória contada no famoso livro “A revolução dos bichos”, de George Orwell. Portanto, peço-lhes que leiam o resumo, por mim feito, antes de ler minha fábula.


Resumo – A revolução dos bichos, de George Orwell


Nessa interessante obra, escrita por George Orwell, tem-se a estória da Granja do Solar. A princípio, uma granja como qualquer outra, onde um humano tudo dominava e os bichos prontamente o serviam. Cada animal tinha uma função diferente, mas o fim era sempre mesmo, o de proporcionar aquilo que o homem deles queria, seja leite, carne, força, ou ovos.
A história da granja solar começa a mudar quando, numa noite aparentemente comum, o porco mais experiente da granja pede a todos que escutem suas palavras acerca de um sonho que um dia tivera, mas também sobre a situação dos bichos naquela granja. O major, como era conhecido esse porco, começou seu discurso falando acerca da opressão que os bichos sofriam por parte dos humanos. Falara de como sempre os humanos buscavam se beneficiar, e explorar tudo que podia ser explorado dos animais.
Mostrava-lhes como nenhum animal escapava, uns iam ser comidos, outros tinham seus ovos roubados, outros nada usufruíam apesar dos litros de leite concedidos.  Mas lhes falava que isso podia mudar, e lhes contou seu sonho. Ele sonhara que um dia os animais tudo dominariam, todos seriam iguais, não haveria mais dominação, tudo o que seria produzido seria igualmente dividido, todos contribuíram de acordo com suas limitações. Seria o Animalismo. A bicharada ficou encantada com a idéia, e ao som da música Bichos da Inglaterra todos ficaram entusiasmados com a idéia.
Pouco tempo depois o Major morreu, e houve então grande comoção; ele havia morrido, mas suas ideais não. Os bichos confabulavam intensamente e buscavam de algum modo concretizar o sonho daquele porco, uma revolução a fim de tomar o domínio da Granja era o caminho a ser escolhido. Uns bichos aderiram prontamente, outros protelavam, mas ao fim os porcos conseguiram a todos convencer. A vitória foi mais fácil do que imaginaram, em pouco tempo expulsaram Jones, o humano, e dominaram a granja toda.
Havia então grande alegria por parte de todos, aquilo tudo era deles, ninguém mais os exploraria, tudo seria de todos, todos seriam iguais. Os porcos desde sempre dominaram tudo, e três em especial eram os líderes da vitoriosa revolução, Bola-de-Neve, Napoleão, e Garganta que era mais um porta voz, uma vez que tinha imensurável poder de convencimento. Uma vez que a revolução fora vitoriosa era necessário organizar as coisas, e buscar definir os objetivos, como se dariam os trabalhos, e demais assuntos, sempre discutidos em assembléias.
A princípio tudo parecia maravilhoso, domingo era dia de descanso, a colheita fora ainda melhor que na época de Jones, todos pareciam satisfeitos. Mas ainda assim já se percebia que os porcos queriam ter maiores vantagens; quando ainda recente estava a revolução, os porcos usufruíram sozinhos do leite das vacas. Posteriormente, Garganta os conseguiu convencer que como os porcos eram as mentes intelectuais, eles deviam comer sozinhos as maçãs e o leite; e os privilégios iam aumentando.
Nas assembléias ficou decidido que a Granja do Solar acabaria, e daria lugar a “Granja dos Bichos”, haveria uma bandeira com um chifre e um casco, um hino, o Bichos da Inglaterra, e os sete mandamentos, que podiam ser resumidos em uma frase “quatro pernas bom, duas pernas ruim!”. O que era difícil de resolver na assembléia eram as constantes discussões entre Napoleão e Bola-de-Neve, que discordavam em todo e qualquer assunto possível. Nunca de forma tão grave quanto sobre a construção do moinho de vento. Bola-de-Neve prometia conforto, eletricidade, e uma semana de apenas três dias de trabalho, após claro, muito esforço. Napoleão dizia que ao se construir isso os bichos passariam fome, e o importante era comer.
Numa discussão acalorada quando Bola-de-Neve parecia que a todos convenceria, Napoleão dá um golpe, surge com ferozes cachorros ferozes e expulsa Bola-de-Neve da Granja dos Bichos. Bola-de-Neve havia sido o herói da resistência quando os humanos tentaram tomar a granja, mas a partir daquele dia, a história seria manipulada, Garganta buscaria mostrar que quem estava certo era sempre Napoleão, que Bola-de-Neve vagava pela granja fazendo tudo dar errado, e a opressão dos porcos tem lugar de vez.
Pouco a pouco, dia a dia, os porcos iam explorando cada vez mais os outros animais. Os mandamentos eram modificados, a história distorcida, Garganta sempre os convencia que ser explorado era bom, ou que era, ao menos, melhor que à época de Jones. Os porcos mudaram-se para a casa dos humanos, Napoleão era tido como o grande líder, e até a Bichos da Inglaterra foi proibida de ser cantada.
Até mesmo Sansão, que fora um grande herói para a Granja dos Bichos, foi mandado para a morte em um matadouro de cavalos. Os porcos exploravam, dominavam, comerciavam com homens, engordavam, ao passo que a vida dos animais era a cada dia pior; muita exploração, pouca comida, pouca esperança.
Um dia viu-se que os porcos estavam andando em duas patas, com chicotes nas mãos, jogando baralho, bebendo uísque, falando como homens, extinguindo os termos “camaradas” e Granja dos Bichos, A Granja do Solar estava de volta; e quem olhasse, jamais distinguiria um homem dum porco, porque nenhuma diferença havia.
 
A fábula dos bichos – O Amor que revoluciona
Havia todo um alvoroço naquela granja. Os bichos já pareciam não mais ter ideais, pareciam não mais ter motivos para crer. O império dos Porcos os dominava e os fazia chorar, a opressão era grande, não havia mais fé, não havia mais esperança, e o Amor, há muito já havia se esvaído. O que reinava ali era o individualismo, o egoísmo; ninguém se importava com ninguém, e a desunião que possuíam aumentava o poder dos porcos.
O ambiente era triste, os animais não mais olhavam para o céu, mas apenas para si mesmos na esperança de encontrar dentro deles algo que preenchesse o vazio que possuíam. Mas nada encontravam, eles não tinham o suficiente para se satisfazerem, lutavam, estudavam, buscavam a ciência, mas nada lhes garantia a felicidade, tudo era muito fútil, muito vazio.
Ao passo que a ciência evoluía o amor de muitos esfriava. O amor estava acabando e todos os bichos pareciam indiferentes quanto a isso. Os cavalos para um lado, as galinhas para o outro, as ovelhas sem se importar, e nenhuma união havia. Esperança? Esperança nenhuma havia. Todos pareciam se conformar com a realidade de um mundo que não tinha solução.
Porém, numa manhã um tanto diferente, um cordeiro lhes apareceu. Ele não era belo, nem possuía grande carisma a princípio. O cordeiro, no entanto, tinha uma linguagem diferente, e a todos chamava a atenção por suas estórias, por seu modo de agir, e principalmente pelo modo como demonstrava o Amor.
Aos poucos os animais foram se surpreendendo e conhecendo um pouco mais acerca deste diferente animal, que possuía palavras fortes capazes de fazer qualquer bicho refletir. Seu jeito simples revelava que era mero animal como qualquer outro, e assim agia sem diferenciar ninguém, amando a todos, e tendo sempre a justiça como algo a ser perseguido.
O cordeiro possuía ainda outros notórios atributos, possuía uma grande sabedoria e tinha uma grande leitura em um assunto que muitos animais já estavam esquecendo. Eles já não mais lembravam como tinham sido criados, já não mais se importavam com seu propósito para com a natureza, e estavam se esquecendo de observar o céu, e perceber o quão eram pequenos diante de tudo que existia.
O cordeiro lhes lembrou de algo que sempre tinham ouvido, mas que agora pareciam ter esquecido. Contou-lhes de como todos os animais, um dia, haviam sido planejados pelo grande arquiteto, aquele mesmo que fez o céu e a terra, e lhes relembrou ainda uma curiosa estória. Disse-lhes que certo dia todos os animais, um casal de cada, ou seja, seus pais, tiveram que entrar num grande barco e somente assim se defenderam das muitas águas que haviam descido à terra.
Diante das curiosas palavras do cordeiro, muitos se puseram contra, outros resolveram segui-lo. Uns diziam já ter ouvido acerca do que ele dizia, outros afirmavam que era um louco. Diante disso, começou a se desenhar uma divisão entre os que criam e os que não criam em suas palavras. Uns passaram a admirá-lo profundamente, mas outros pareciam ter medo e inveja dele.
O que mais lhes impactava, porém, não eram suas palavras, mas sim sua filosofia de vida.  O cordeiro propunha um mundo de paz, de solidariedade, e principalmente de Amor. Amar, dizia ele, independente de quem seja e incondicionalmente. E ele colocava isso em prática. Quando era agredido não revidava, mas gentilmente lhes dava a oportunidade de bater no outro lado de seu lombo. Se lhe exploravam, amava, se lhe criticavam, amava, se lhe batiam, amava. E ele começou a mudar aquela granja, passaram a ver que existia sim, alguém que amava, amava, e amava.
Os porcos, no entanto, não gostaram nada de ver todo esse sentimento se alastrando, temiam que o seu poder fosse ameaçado por uma união dos bichos, por um sentimento de amor incondicional. Passaram, então, a perseguir o cordeiro sistematicamente. Tudo que ele dizia afirmavam ser mentira, tudo que fazia alegavam ser farsa. Mas de nada adiantava, o Amor já tinha se alastrado.
Os bichos todos foram contagiados pelo sentimento de amor, e de uma forma inexplicável, passaram a também querer amar, a serem um pouquinho parecidos com o cordeiro. Ele logo virou uma referência, uma personalidade conhecida por todos, e sua filosofia de vida impactava mais e mais. Os porcos ficavam a cada dia mais furiosos, e armavam de tudo para lhe impedir.
Conseguiram convencer a muitos de que tudo o que ele na verdade queria era ascender ao trono e dominar a granja tendo todo poder e força. Os animais, como sempre irracionais, acreditaram nisso e logo se rebelaram, e prenderam o cordeiro. Maltrataram, humilharam, cuspiram nele, bateram, proferiram as maiores injúrias, e as piores torturas ele sofreu. O que mais impressionava a todos é que ele possuía uma força, e um Amor que pareciam não vir dele; sofria tudo calado, e apesar de tudo, sua fé no arquiteto que pregara só aumentava; o cordeiro novamente impactava.
Por fim morreu, pendurado num poste, despedaçado e moído. A filosofia que pregava, porém sobreviveu. O Amor passou a ser perseguido pelos animais, todos queriam o amor que aquele cordeiro pregara, todos queriam a paz que ele sonhava, todos queriam a vida, o que só aquele cordeiro parecia de fato ter.
Um tempo depois, o lugar em que fora enterrado não mais o continha. Para uns reviveu, para outros foi roubado, mas o fato logo se alastrou, e o Amor ganhou ainda mais força. Os porcos logo perceberam, e fizeram de tudo para impedir. Mas era difícil, parecia inevitável que a vida na granja passasse a ser dividida em antes e depois do cordeiro.
Pouco tempo depois os seguidores do cordeiro cresceram de tal forma, e com eles o Amor, que algo incrível aconteceu. O Amor rompeu as barreiras políticas, rompeu as imposições armadas, e de forma pacífica fez o império dos porcos ruir. O Amor entre os seguidores parecia que se perpetuaria, mas a liberdade aos outros lhes seria garantida.
E os seguidores do cordeiro passaram a dividir tudo o que tinham, a Amar a todos, e a viver em uma comunhão intensa, maior do que qualquer uma que o animalismo jamais produziu, e “os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum (...) distribuíam a cada um conforme as suas necessidades”[1]. Percebiam, então, que o Amor devia ser aquilo único que move a todos.
Uns explorariam de forma errada todo o ensinamento deixado pelo cordeiro, o usariam como forma de opressão e de exploração; mas aqueles que conviveram com ele, seja na granja, seja dois mil anos depois, saberiam muito bem que tudo o que queria, era que o amor vencesse, e que o mundo fosse um lugar melhor para se viver, ainda que a vida não acabasse no visível.  



[1] Atos dos apóstolos Cap. 2 verso 44 – 45 ( Bíblia Sagrada).